O carbono no solo tem se mostrado uma solução promissora para mitigar as mudanças climáticas, pois ele atua como um grande reservatório de dióxido de carbono (CO₂), contribuindo para a redução dos níveis de gases de efeito estufa na atmosfera. No entanto, o tema enfrenta desafios regulatórios, especialmente no Brasil, onde o agronegócio primário foi excluído do recente projeto de lei sobre mercado de carbono. Segundo Edmilson Gama, engenheiro e especialista em economia, “a exclusão do agro primário desse projeto representa uma perda significativa de potencial para alinhar práticas agrícolas às metas climáticas globais”.
A Importância do Carbono no Solo
O solo é uma das maiores reservas de carbono do planeta, capaz de armazenar grandes quantidades de CO₂ por meio de práticas agrícolas regenerativas, como plantio direto e rotação de culturas. Além de mitigar as mudanças climáticas, essas práticas melhoram a fertilidade do solo e aumentam a produtividade agrícola. “O carbono no solo é uma oportunidade única para transformar o agronegócio em um aliado do meio ambiente”, explica Edmilson Gama.
Desafios na Inclusão do Agro no Mercado de Carbono
Um dos principais desafios para incluir o agronegócio primário no mercado de carbono é a dificuldade de medir e verificar o carbono armazenado no solo. A falta de tecnologias acessíveis e de metodologias padronizadas torna a certificação um processo complexo e caro. Edmilson Gama destaca que “superar esses desafios exige investimentos em pesquisa e desenvolvimento de sistemas confiáveis de monitoramento e verificação”.
A exclusão do agronegócio primário do projeto de lei sobre mercado de carbono pode limitar o acesso de pequenos e médios produtores a novos mercados e fontes de receita. Isso também enfraquece o papel do Brasil como líder em sustentabilidade agrícola, reduzindo sua competitividade internacional. “O Brasil tem um potencial imenso para liderar o mercado global de carbono no agro, mas a exclusão pode dificultar o aproveitamento dessa oportunidade”, comenta Edmilson Gama.
Cenário Internacional e Lições para o Brasil
Internacionalmente, países como os Estados Unidos e a Austrália têm implementado políticas que incentivam práticas agrícolas regenerativas e a certificação de créditos de carbono no agro. Esses exemplos mostram que é possível criar sistemas robustos para incluir o setor primário no mercado de carbono, desde que haja apoio governamental e alinhamento com normas internacionais. “O Brasil pode aprender com essas experiências para desenvolver políticas mais inclusivas e eficazes”, afirma Edmilson Gama.
Com avanços tecnológicos e maior pressão internacional por sustentabilidade, espera-se que o Brasil repense sua abordagem e inclua o agronegócio primário em futuras regulamentações sobre mercado de carbono. A adoção de soluções inovadoras e a criação de incentivos para produtores podem transformar o país em um modelo global de agricultura sustentável.
FAQ
1. Por que o carbono no solo é importante para o meio ambiente?
O carbono no solo ajuda a reduzir os níveis de CO₂ na atmosfera, mitigando as mudanças climáticas e melhorando a saúde do solo.
2. Quais são os desafios para incluir o agronegócio no mercado de carbono?
Os principais desafios são a dificuldade de medir e certificar o carbono armazenado no solo e a falta de tecnologias acessíveis.
3. Qual é o impacto da exclusão do agro primário no mercado de carbono brasileiro?
A exclusão limita o acesso de produtores a novas fontes de receita e enfraquece o papel do Brasil como líder em sustentabilidade agrícola.
4. O que o Brasil pode aprender com o cenário internacional?
Países como os Estados Unidos e a Austrália mostram que políticas inclusivas e sistemas de certificação robustos são essenciais para integrar o agro ao mercado de carbono.
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